Trabalhos 2020-21

A Minha Árvore Nativa

Escola Pátio da Inês (Marinha Grande)

Ilustração da Espécie:

Nome Científico da Espécie:
Pinus pinaster

Nome Comum da Espécie:
Pinheiro - Bravo

Memória Descritiva:
Este trabalho foi elaborado pelo pré-escolar após uma pesquisa coletiva da árvore nativa na Marinha Grande.
Após a recolha de imagens, realizaram a ilustração da Espécie Pinus pinaster.
Esta Espécie foi escolhida em virtude de ser muito importante para o nosso Concelho da Marinha Grande, após os recentes incêndios na Mata Municipal, terem afetado grande parte desta Espécie.

Observações:
Distribuição geral: A área natural do pinheiro- bravo expande-se pelo Mediterrâneo Ocidental.
Caracterização geral: É uma espécie suscetível aos frios intensos prolongados e à neve. Os melhores povoamentos encontram-se até 400 metros de altitude. Acima dos 800 metros, apresenta copas deformadas ou mesmo partidas, com fraco desenvolvimento, devido ao vento e à neve. É uma espécie intolerante ao ensombramento (espécie heliófila), admitindo-o, excecionalmente, nos primeiros meses após a germinação. Resiste a solos pobres de texturas ligeiras, com preferência pelos siliciosos. Tolera com dificuldade o encharcamento permanente e as texturas pesadas. O pinheiro-bravo regenera com grande facilidade por semente, podendo tirar-se partido dos sementões em cortes finais. É uma árvore que nas melhores estações pode alcançar os 30 metros de altura. A longevidade é de 200 anos idade, contudo, raramente ultrapassa os 80 a 100 anos. O pinheiro-bravo encontra-se em povoamentos puros ou mistos, sendo mais frequentes os mistos de pinheiro-bravo com eucalipto e de pinheiro-bravo com outras folhosas. Embora possua uma grande área de povoamentos puros na Região Centro de Portugal. Não obstante, a pouca informação existente, os povoamentos mistos destacam-se devido ao seu grande interesse numa silvicultura preventiva de fogos florestais (segundo alguns autores franceses, esta espécie está classificada quanto à inflamabilidade, no grau 3, numa escala de 1 a 4 e em relação à combustibilidade, no grau 7, numa escala de 1 a 9). No pinhal privado português, as revoluções mais frequentes variam entre os 30 a 35 anos ou 60 a 70 anos em Leiria. Esta espécie é em Portugal atualmente muito afetada por uma doença grave, Doença da murchidão do pinheiro, provocada pelo Nemátode-da-madeira-do pinheiro, Bursaphelenchus xylophilus. Este organismo é classificado de quarentena pela legislação comunitária, o que significa que os estados membros que sejam afetados são obrigados a adotar medidas específicas para o seu controlo e erradicação, existindo Legislação para as mesmas (D. L. n.º 95/2011, de 8 de Agosto).
Propriedades e utilizações: A madeira do pinheiro-bravo é de serração fácil. O desenrolamento e corte plano são de boa qualidade em toros isentos de nós grandes. A secagem é fácil e rápida. A madeira regista uma alta sensibilidade ao azulamento. Consegue-se uma impregnação completa do borne com todos os processos e produtos. A densidade média da madeira é de 565 kg/m3 a 12% de humidade. Dos objetivos da silvicultura do pinheiro-bravo, destacam-se a produção de lenho destinada à indústria, a casca como substrato de enchimento em viveiros e a produção de resina. O lenho utiliza-se em carpintaria de interior, caixilharias, mobiliário, indústria fosforeira, embalagens, aglomerados, celulose (pasta de papel), etc.