Trabalhos 2018-19

Handsprint pela Floresta: Viveiro Florestal

Colégio O Sossego da Mamã (Almada)

Objetivos associados à criação do viveiro:
- Possibilitar o contacto das crianças com elementos naturais;
- Promover o cuidado e responsabilidade por seres vivos;
- Incentivar as crianças a compreenderem as características que distinguem os diferentes seres vivos;
- Estimular, através de tarefas práticas, o conhecimento as diferentes fases do desenvolvimento de uma planta;
-Motivar as crianças para os cuidados a ter com as plantas.

Como foi criado:
1.ª fase: Preparação do viveiro
O grupo reuniu-se, numa primeira fase, para decidir que plantas gostariam de semear ou plantar. Assim, o grupo decidiu que gostavam de semear várias flores e algumas plantas como morangueiros. Uma vez que o interesse manifestou este interesse e que, também não tínhamos disponíveis muitas espécies florestais, optámos por semear as flores e plantas sugeridas pelo grupo e, para além disso, foi, também, sugerido pela educadora a plantação de duas árvores autóctones: o sobreiro e o pinheiro.
2.ª fase: Criação do viveiro
Na zona da horta pedagógica, conversou-se em grupo, sobre as sementes adquiridas e sobre as árvores (ainda pequenas) trazidas para plantar. Para além disso, foi explicado às crianças como se realiza o processo de semear, com as sementes e de plantar, já com plantas numa fase embrionária. Recorremos a alguns vasos e a caixas de ovos para realizar a sementeira e de seguida, as crianças foram buscar à horta a terra necessária, para a posterior colocação da semente/planta. Por último, regaram e foram observando a evolução do seu crescimento.

Como é cuidado e monitorizado:
O viveiro foi criado e as crianças foram ver a sua evolução sempre que possível. No entanto, na semana seguinte várias foram as vezes em que choveu e, por esse motivo, o grupo não conseguiu ir todos os dias realizar a observação. Nas semanas seguintes, fomo-nos apercebendo, que, infelizmente, as nossas sementes não se desenvolveram. Não conseguimos perceber em concreto o que se sucedeu, mas várias foram as hipóteses: as sementeiras serem muito pequenas; as sementes terem ficado muito à superfície; ter chovido demasiado na semana seguinte; algum coelho possa ter comido as sementes.
Por essa razão, voltámos a comprar algumas sementes e semear, desta vez, em vasos maiores. No entanto, as sementes não se desenvolveram e, uma vez que as embalagens das sementes, que ainda estavam a identificar os vasos, estavam roídas, pensamos que algum animal possa andar a “sabotar” a nossa sementeira!
Já as três pequenas árvores de pinheiro continuam a crescer, assim como os morangueiros, que já deram fruto!

Qual o envolvimento dos alunos no projeto:
As crianças participaram em todas as fases de planeamento e criação do viveiro, tentando a equipa de sala ir ao encontro dos seus interesses. O grupo esteve sempre envolvido na monitorização do viveiro, observando e regando com a regularidade possível, nas semanas em que não choveu diariamente.
Também foi explicado ao grupo, que a sementeira, não correu como esperado e surgiram várias hipóteses para este acontecimento. Parece-nos que este aspeto, é também relevante, uma vez que também é importante que as crianças percebam que por vezes, na vida real, nem tudo pode acontecer como planeado. “Assim, a partir de uma situação ou problema, as crianças terão oportunidade de propor explicações, de desenvolver conjeturas e de confrontar entre si as suas “teorias” e perspetivas sobre a realidade” (OCEPE, 2016, p. 86)

Quantos alunos estão envolvidos?
10 (com idades compreendidas entre os 5 e os 6 anos)

O projeto integra-se no curriculo? De que forma?
O projeto integra-se nas atividades planificadas para este ano letivo, uma vez que, segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, prevê-se a promoção das seguintes aprendizagens:
- “Compreender e identificar características distintivas dos seres vivos e reconhecer diferenças e semelhanças entre animais e plantas.” (OCEPE, 2016, p.91)
- “Manifestar comportamentos de preocupação com a conservação da natureza e respeito pelo ambiente.” (OCEPE, 2016, p.91)
Assim, ainda segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, o educador deverá promover estas aprendizagens quando:
- “Apoia as crianças no processo de realização de experiências significativas, nas suas observações, registos e conclusões.” (OCEPE, 2016, p.92)
- “Cria oportunidades frequentes e diversificadas de contacto das crianças com a natureza, levando-as a observá-la, a conhecê-la e a apreciá-la.” (OCEPE, 2016, p.92)
- “Promove a participação e responsabilidade das crianças no cuidado e proteção de seres vivos dentro e fora da escola (cuidar de plantas, de animais ou da horta na escola; cuidado com ninhos, plantas e animais nos jardins, parques e espaços verdes fora da escola).” (OCEPE, 2016, p.92)

Como é feita a divulgação na escola/comunidade?
No passado dia 24 de maio apresentámos o projeto que intitulámos “A Floresta” às restantes salas de pré-escolar e 1.º ciclo, num conselho Eco-Escolas. Para além disso, também estavam presentes dois elementos da GNR de Almada.
Na apresentação, o grupo divulgou a pesquisa que realizou, assim como todas a atividades dinamizadas no âmbito do tema da floresta. O projeto contemplou 3 atividades principais: a criação de um viveiro, a recolha de plantas invasoras na Mata Nacional dos Medos e a pesquisa sobre o tema da floresta e sobre os incêndios.
No momento da divulgação, para além do painel realizado, o grupo criou cinco cartazes de sensibilização do que deve e não se deve fazer na floresta.

Fotografias: