Loureiro 
Laurus nobilis L.

Família | Lauraceae

Características

Caducidade | folha persistente
Altura | até 12m, normalmente de 5 a 10m
Longevidade | não vive muito além dos 100 anos
Floração | de fevereiro a abril
Maturação dos frutos | princípio do outono

 

Fotografias

Descrição da Árvore:

Copa | árvore dióica de tronco direito, copa densa, algo irregular de forma acuminada.

Tronco | liso, castanho-esverdeado.

Folhas | simples, alternas, verde-escuras e lustrosas na face superior, mais pálidas na inferior; coriáceas, de 6-12cm, sem pelos e em forma de ferro-de-lança; de margem inteira ligeiramente ondulada; nervuras secundárias pouco salientes, curvas e não atingindo claramente a margem; aromáticas.

Flores | amarelo-claras com 4 peças petalóides e 8-12 estames.

Frutos | uma drupa carnuda, ovóide, semelhante a uma azeitona, com 1-1,5cm de comprimento; negra quando madura.

Habitat e ecologia | sebes e bosques sublitorais, clima ameno, sem geadas prolongadas. Ocorre até aos 900m. É indiferente ao pH, necessitando de solos húmidos, soltos e férteis. Espécie de semi-sombra. Necessita de precipitações ou rega nos meses de verão. Resiste moderadamente ao frio, mas mais dificilmente a ventos fortes frios. Não se dá bem com excessiva exposição marítima. É uma árvore altamente resistente a pragas e doenças.

Utilização

Uso culinário e medicinal (tónico estomacal, carminativo, regulador do ciclo menstrual, reumatismo, entre outras funções).
As folhas podem ser utilizadas verdes ou secas, contudo não deve passar mais de um ano depois de colhidas, pois perdem o seu aroma.
Ajuda a proteger as plantas circundantes de insetos.
Madeira branco-rosa, dura, pesada, com um agradável cheiro. mas de pouca longevidade é, no entanto, utilizada em marchetaria.

Curiosidades

Desde a Antiguidade é utilizado para distinguir os méritos individuais por meio da atribuição de coroas de louros aos atletas vencedores e aos poetas laureados. O título de bacharel reflete esse costume (baccalauréat – premiado com a “baga do louro”, Bacca Laureat).

No período clássico existem diferentes mitos associados ao loureiro tais como o da paixão do deus Apolo pela ninfa Daphne. Apolo gabava-se muito das suas habilidades com o arco e Cupido, que também era arqueiro, resolveu castigá-lo, por ser tão vaidoso, disparando uma flecha com ponta de ouro e uma segunda, com ponta de chumbo, contra Daphne. Apolo apaixonou-se então por Daphne, enquanto a ninfa o repudiava. Apolo passa então a perseguir Daphne que, cansada de fugir, pede ajuda ao rei Peneu, seu pai, que a transforma em “Loureiro”. Perante isso, Apolo beija a casca da árvore e declara que para onde ele for levará as suas folhas, passando aquela árvore a ser sagrada.

Distribuição Geográfica

Distribuição geográfica natural:
Região mediterrânica.
Em Portugal encontra-se abundantemente no centro e norte continentais, mais atlânticos.

Conteúdos: Patrícia Tiago | BioDiversity4All
Fotografias cedidas por: Sociedade Portuguesa de Botânica, Joaquim Rolhas e Wikimedia Commons.