Azinheira
Quercus ilex L. subsp. rotundifolia (Lam.) Tab.

Família | Fagaceae

Características

Caducidade | folha persistente
Altura | até 25m, normalmente de 8 a 12m
Longevidade | costuma ultrapassar os 300 anos, podendo chegar excecionalmente aos 1000
Floração | primavera
Maturação dos frutos | outono

Fotografias

Descrição da Árvore:

Copa | arredondada ou oval, não muito alta

Tronco |  casca cinzenta-parda, com fendas pequenas e pouco profundas.

Folhas | simples, arredondadas, verdes-escuras e glabras na página superior e esbranquiçadas e pubescentes na margem inferior, com as margens recortadas.

Flores | verde-acinzentadas, muito pequenas, em cachos de 5 a 13cm.

Frutos | bolotas castanhas-claras, ovais e com uma grande semente com 1,5 a 3,5cm de comprimento. Com uma cúpula em forma de carapuço.

Habitat e ecologia | montados, bosques em clima mediterrânico. Ocorre dos 0 aos 1400m, ou mesmo 2000m. Espécie de luz ou meia sombra, indiferente ao pH do solo. Precipitações médias ideais entre 300mm e 1500mm por ano. Temperaturas médias desejáveis entre -3ºC e 11ºC no inverno e entre 14 e 28ºC no verão. Resiste bem às temperaturas mínimas absolutas que se dão na Península Ibérica e também à exposição marítima. Árvore de crescimento lento.

Utilização

Muito importante no sistema de agricultura de montado, como produtora de bolota para porcos de montanheira.
As frutificações aparecem muito cedo sendo extremamente abundantes em anos favoráveis. As folhas mais baixas ou deixadas no solo como resultado de podas ou desbastes, servem como complemento de alimentação para o gado nas épocas do ano em que o pasto escasseia.
O fruto é comestível e pode ser assado como as castanhas ou misturado com cereais para fazer pão.
A madeira é muito dura e compacta, resistente ao polimento, não sendo muito utilizada. É, no entanto, um ótimo combustível para lume, sendo muito utilizada nas lareiras.
A medicina popular atribui aos frutos da azinheira propriedades curativas para diarreias e disenterias.

Curiosidades

As bolotas desta árvore eram misturadas com trigo e outros cereais para fabricar pão em anos de escassez, sendo por vezes assadas do mesmo modo que as castanhas.

Espécie protegida por lei (Decreto-Lei n.º 169/2001, de 25 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 155/2004, de 30 de junho).

Distribuição Geográfica

Distribuição geográfica natural:
Zonas mediterrânicas continentais ou subcontinentais.
Em Portugal encontra-se em grande parte do território continental, exceto nos climas temperados do norte e centro litoral.

Conteúdos: Patrícia Tiago | BioDiversity4All
Fotografias cedidas por: Sociedade Portuguesa de Botânica, Joaquim Rolhas e Wikimedia Commons.