Azevinho
Ilex aquifolium L.

Família | Aquifoliaceae

Características


Caducidade | folha persistente
Altura | até 20m, normalmente de 4 a 10m
Longevidade | cerca de 300 anos
Floração | de abril a junho
Maturação dos frutos | outubro

 

Fotografias

Descrição da Árvore:

Copa | arbusto ou árvore de copa densa e muito ramificada.

Tronco | casca lisa e cinzenta, tornando-se rugosa com a idade.

Folhas | simples, alternas, até 12cm, coriáceas, com uma forte nervura marginal, verde clara; onduladas e de margem espinhosa ou lisa; lustrosas, glabras e verde-intenso na face superior.

Flores | árvore dióica (com indivíduos femininos e masculinos); flores pequenas (até 1cm de diâmetro), brancas, funcionalmente unissexuais.

Frutos | carnudos, pequenos, tóxicos, globosos e vermelhos, alaranjados ou amarelos, até 1cm de diâmetro, com 4-5 sementes.

Habitat e ecologia |  frequente em carvalhais e nas margens de cursos de água. Habita até aos 1600m, de preferência em solos siliciosos. Espécie de sombra, embora possa viver ao sol. Necessita de humidade, mas sem encharcar. Rega moderada a abundante. Resiste às geadas mas é sensível às secas estivais. Tolera a poluição, ventos marítimos e temperaturas até -15ºC. Tem um crescimento muito lento e ressente-se se for perturbada nas raízes. Costuma regenerar pela base após incêndios. Atrai bastante vida selvagem, como abelhas, e pássaros, pela valiosa fonte de alimento invernal. Os coelhos particularmente apreciam a casca da árvore.

Utilização

Árvore ornamental. Foi muito utilizada como ornamento natalício, mas hoje em dia é uma espécie protegida por lei (Decreto-lei nº 423/1989, de 4 de dezembro).
Madeira muito dura e densa procurada para trabalhos de marcenaria.

Como tolera bem a poda é frequentemente usada em sebes.

Curiosidades

Tanto os frutos como as folhas são tóxicos.

O corte de ramos de azevinho ligado a certas celebrações religiosas – principalmente no Natal – é na verdade um costume pagão muito antigo. Existem referências da utilização de azevinho nas festas Saturninas, em honra de Saturno, que se celebravam na antiga Roma (segundo a história o azevinho era a planta sagrada deste deus).

Existe também uma lenda cristã associada ao azevinho. Segundo essa lenda, quando a Sagrada Família era perseguida pelos soldados do rei Herodes, o azevinho forneceu-lhe proteção. Reza a lenda que Maria, ao ver que os soldados estavam muito perto se aproximou de um azevinho (que na altura ainda era uma árvore de folha caduca) e lhe pediu que os escondesse. E, as folhas do azevinho cresceram e esconderam a família. Muito reconhecida, Maria abençoou a planta, concedendo-lhe o dom de se conservar para sempre verde. O azevinho tornou-se assim símbolo do Natal pelo seu papel de proteção.

Distribuição Geográfica

Distribuição geográfica natural:
Sul e oeste da Europa estendendo-se para norte, até ao norte da Alemanha.
Em Portugal encontra-se principalmente no norte e centro do continente, mas também nas Serras de Sintra e de Monchique.

Conteúdo: Patrícia Tiago | BioDiversity4All
Fotografias cedidas por: Sociedade Portuguesa de Botânica, Joaquim Rolhas e Wikimedia Commons.